À medida que envelhecemos, o corpo parece não necessitar mais de tantas horas de descanso. Quanto mais idade, menos sono. Quanto menos horas de sono, mais impactos à saúde que aceleram o envelhecimento.
Uma pesquisa do Deaconess Medical Center do Centro Mádico Beth Israel e da Universidade de Toronto revelou que o núcleo pré-óptico ventro-lateral, agrupamento de neurônios associado aos padrões de sono, pode morrer aos poucos. Quanto maior a perda dessas células, mais difícil dormir.
“Dormir mal piora a saúde, pois afeta a memória, a concentração e o aprendizado, causa irritabilidade, sonolência e déficit de atenção”, explica a neurologista Rosa Hasan, assistente do laboratório do Sono de Neurofisiologia Clínica do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
Durante o sono, o nosso organismo realiza funções importantíssimas como fortalecimento do sistema imunológico, secreção e liberação de hormônios, (do crescimento e insulina – responsável pelo metabolismo da glicose), consolidação da memória e relaxamento e descanso da musculatura.
Um agravante é a queda das taxas do hormônio GH, cuja deficiência está associada aos sintomas mais comuns da idade, tais como o acúmulo do tecido adiposo, flacidez muscular, fraqueza óssea e perda de disposição.
“Dormir mal favorece diabetes, obesidade e doenças cardiovasculares, distúrbios de maior prevalência em pessoas mais velhas. a tendência é que o sono piore em pessoas não saudáveis, conforme envelhecem”, comenta Rosa.
Segundo a doutoranda do Departamento de Farmacologia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, Caroline Mesquita, o organismo em situações de estresse e privação de sono também libera hormônios como cortisol, adrenalina, noradrenalina desregulando as vias de sinalização do metabolismo, desenvolvendo distúrbios de humor, ansiedade e surgimento de doenças como diabetes, hipertensão, obesidade, doença vascular cerebral, cardiovasculares que, de modo geral, contribuem para o envelhecimento. “Além disso, com o passar dos anos a concentração do hormônio melatonina diminui, e a principal função desse neuro-hormônio, produzido pela glândula pineal, é regular o sono”, comenta.
FITOTERAPIA
Presidente do Conselho Brasileiro de Fitoterapia, o farmacêutico Sérgio Tinoco Panizza explica que a fitoterapia utiliza as melhores propriedades das plantas para criar medicamentos naturais. Ele lista plantas indicadas para uma boa noite de sono:
Matricaria chamomilla: Contém azuleno, alfa-bisabolol, cumarinas e flavonoides. Ação acalmante e anti-inflamatória.
Melissa officinalis: Contém flavonoides, ácido cafeico, ácido clorogênico, ácido rosmarínico e óleos essenciais. Ação sedativa e espasmolítica.
Passiflora incarnata: Contém alcaloides e flavonoides. Usado como sedativo e hipnotico na excitação nervosa, nevralgias e neurastenia.
Valeriana officinalis: Contém valepotriatos, com ação sedativa sobre o sistema nervoso central e antiespasmódica. Usado em associação para insônia e fundo nervoso.
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Fonte da matéria: Revista Anfarmag – Ano 22 nº104