Nutrição que alivia

Blog
Nutrição-que-alivia

Nutrição que alivia

Data do Post 25/01/2017

Categoria do Post

Quando a dor aparece, é bom lembrar que a solução pode estar no balanço de nutrientes. Especialistas afirmam que algumas mudanças a na alimentação e, em alguns casos, o uso de siplementos, dão resultados significativos . Esse entendimento foi corroborado recenetemente por uma pesquisa realizada em Ribeirão Preto (SP) pela equipe da qual faz parte o neurocirurgião Adriano Scaff. O objetivo era investigar se as opções alternativas às cirurgias da coluna mostravam-se eficientes.

O primeiro achado foi que alimentos com substancias excitatórias, como o café e o chocolate, podem intensificaros sinais nervosos da dor. Por outro lado, a boa noticia é que alguns alimentos jogam a favor do alívio: salmão e outras opções ricas em ômega-3 provaram trazer alívio em alguns casos.

De acordo com a nutricionista pós-garaduada em Nutrição Clínica Funcional Juliana Uyeno, de São Paulo, os nutrientes são mesmo poderosos e, nos quadros de artrose, podem responsáveispor reduzir em até 70% a intensidade da dor. “Bebidas alcoólicas e alimentos ricos em açúcar refinado e gordura trans aumentam a produção de substâncias que agravam o processo inflamatório, como derivados do ácido araquidônico prostaglandina, tromboxano A2, prostaciclina e leucotrieno”, diz.

já a ingestão de suplementos antioxiodantes e anti-inflamatórios,como as vitaminas A, C, D, E,zinco, selênico, omêga-3 e betacaroteno é a aposta parao retardo da progressão da dor, porque inibem o processo inflamátório.
No caso da artrite remautoide, os especialistas costumam prescrever o sulfatode glucosamina, MSM (metilsulfonilmetano) e ácido hialurônico. Já o sulfato de condroitina, por ser uma molécula grande, pode causar efeitos colaterais, principalmente gastrointestinais.

Juliana ainda cita os fisioterápicos Boswellia serrata, curcuma longa e Uncaria tomentosa como recursos que podem ser prescritos com individualização, de acordo com o quadro de cada paciente, mas lembra que, muitas vezes, a solução começa pelo emagrecimento: “A pressão sobre as articulações nos pacientes com sobrepeso dobra o risco de dores nos joelhos”.

Dor e sistema imunológico

a nutriconista Denise Carreiro, de São Paulo, autora dos livros “Suplementação nutricional na prática cliníca- volumes 1 e 2” e “Ecossistema intestinal na saúde e na doença”, ressalta que os micronutrientes são especialmente importantes nos processos inflamátorios crônicos. Para ela, é importante combater a deficiência ou insulficiência das substâncias responsáveis pela ação natural anti-inflamatória, antialérgica, anticnacerígena, antioxidante e destoxicante do organismo.”Associadas a ação natural da microbiota probiótica intestinal, elas determinam nossa tolerância a agressores alimentares, ambientais, antígenos microbianos, assim como evitam o aumento da autoanticorpos e controlam a magnitude da resposta contra os agressores do organismo”, diz.

Na visão da nutricionista, portanto, há forte ligação entre as dores e o sistema imunológico. Ela aponta que nossos organismos estão cada vez mais exposto a uma grande diversidade de antígenos alimentares, mas que o padrão de comportamento alimentar atual, bem como o uso repetido de drogas como anti-inflamatórios não estoroidais, corticosteroides, anticoncepcionais, antibióticos, laxantes e quimioterápicos, vem diminuindo a capacidade de modular as respostas de defesa.

O resultado é a carência vitaminas e minerais necessários à formação, renovação e manutenção das células de defesa, hormônios reguladores, antioxidantes, enzimas e sucos digestivos,neutrotransmissores e formação das mucosas, além de executarem naturalamente as ações anti-inflamatórias, antialérgicas, destoxificantes e anticanceríginas. “Esses micronutrientes também são necessários para o equilíbrio do sistema nervoso central, predispondo o organismo à dificuldade de lidar com o estresse, desencadeando, entre outros fatores, respostas inflamatórios”.

Segundo Denise, a quebra de tolerância imumológica pode gerar sintomas como: otite, amidalite, bronquite, rinite, sinusite, esofagite de refluxo, gastrite, colite, cistite, celulite, enxaqueca, olheiras, dores musculares e articulares, ansiedade, irritabilidade, alteraçoes de humor, agitação, disturbios de concentração, distúrbios de aprendizagem, depressão, compulsividade e resistência à insulina, além de manifestações dermatológicas. ” Substâncias pró-inflamatórias liberadas na corrente sanguínea também podem agir no sistema nervoso central, aumentando a excitação das células nervosas via ativação do glutamato” diz.

A nutricionsta alerta para a carência de omêga-3, nutriente com ações anti-inflamtória, antialérgica, imunomoduladora e fundamental para a formação e ação de sistema nervoso central e periférico. Há também a carência de vitamina D, que é considerada um dos principais fatores que podem desencadear doenças autoimunes, processos alérgicos, desequilibrios da insulina e da tireoide.

Suplementação

Denise Carreiro sugere opçoes para diferentes deficiencias encontradas a partir de anamnese, exames clínicos elaboratorias.

Probióticos

A microbiota gastrointestinal atua em praticamente todos os fatores relacionados à dor, pois melhora a mucosa, seu pH e permeablidade para absorção de nutrientes e eliminação de substâncias estranhas. Modula o sistema imunológico, combate bactérias patogênicas, dificulta infecções e contribui para a ação dos antioxidantes.

Ácidos graxos essencias

Óleo de linhaça ou peixe são opções para modular o sitema imunológico, dar suporte para o estado emocional e desencadear um efeito anti-inflamatório natural, além de ser anti-histamínico.

L-glutamina, Zinco, selênio, ácido fólico, vitamina B5, carotenoides, bioflavonoite e vitaminas E e A

Ajudam a recuperar a integridade da parede intestinal, t^m ação antioxidante e anti-inflamatório, modulam o sitema imunológico auxiliam a detoxificação hepática e contribuem com o estado nutricional como um todo.

Vitamina C, magnésio e quercitina

Inibem a degranulação dos mastócitos, diminuindo a liiberação de histamina, dando suporte anti-histamínico.

Ferro

É essencial para o funcionamento normal do sistema imunológico, e tanto a carencia como a sobrecarga de ferro modificam a resposta imunológica. A enzima calatase, que contém ferro modificam a resposta imunológica. A enzima catalase, que contém o ferro heme, é responsável por converter peróxido de hidrogênio em oxigênio e àgua, com função antioxidante.