Colágeno tipo II não desnaturado reduz a dor e a inflamação na artrite reumatoide

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Colágeno tipo II não desnaturado reduz a dor e a inflamação na artrite reumatoide

Data do Post 22/06/2016

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A patologia da artrite reumatoide caracteriza-se fundamentalmente por proliferação da membrana sinovial e erosão subsequente da cartilagem articular e do osso subcondral. Embora se desconheça o evento desencadeador, este parece envolver alguma estimulação antigênica específica de linfócitos T suscetíveis que expressam as moléculas de MHC (Complexo de Histocompatibilidade Maior) apropriadas. Isso resulta em proliferação de vasos sanguíneos na membrana sinovial, acúmulo de células inflamatórias, incluindo leucócitos polimorfonucleares, proliferação de células sinoviais e desenvolvimento de um pannus invasivo de rápido crescimento (Filippin et al., 2008).

Este último cresce de modo quase semelhante a um tumor benigno, invade a cartilagem, ativa os condrócitos e libera enzimas proteolíticas que degradam a cartilagem e o osso, resultando, por fim, em destruição articular. As células inflamatórias respondem com incremento da produção de prostaglandinas, citocinas e intensa formação de espécies reativas de oxigênio e radicais livres. Isso leva ao estresse oxidativo, que rapidamente amplifica o processo inflamatório, causando destruição articular, edema e dor (Filippin et al. ,2008).
Colágeno Tipo II Não Desnaturado – UC-II – É Estratégia para Modulação Imunológica na AR

UC-II colágeno

A administração de antígenos orais tem se mostrado uma abordagem promissora para o tratamento de doenças inflamatórias e autoimunes. O colágeno tipo II com suas propriedades bioquímicas e biológicas preservadas possui alta afinidade pelas regiões articulares. Além disso, a obtenção de um colágeno tipo II não desnaturado não permite a manutenção de sua integridade bioquímica e biológica, proporcionando um produto final com estrutura molecular tridimensional íntegra e com epítopos ativos, influenciando a sinalização para o desenvolvimento de tolerância imune.

Mecanismos Propostos para Ação do UC-II na AR

A administração oral de autoantígenos tem demonstrado suprimir uma variedade de patologias de caráter autoimune, incluindo a AR induzida por antígeno. UC-II tem conformação molecular especial (tripla hélice) que envolve regiões antígenas onde estão presentes alguns epítopos. Esses epítopos ativos estão envolvidos com o sistema de defesa do organismo e, à medida que desativam as células T específicas de ataque ao colágeno, previnem a secreção de enzimas do tipo colagenase, que são responsáveis pela degradação desta proteína. O bloqueio da quebra do colágeno endógeno reduz o ciclo destrutivo das cartilagens e consequentemente reduz a inflamação e dor.

interação UC-II

1. AUMENTO DA TOLERÂNCIA A ANTÍGENOS E REDUÇÃO DO ATAQUE DE LINFÓCITOS T

– Estudos têm demonstrado que a administração oral de baixas doses de colágeno tipo II não desnaturado, com estrutura tridimensional adequada e com atividade e estrutura biológica preservadas, desativa efetivamente o ataque de linfócitos T e influencia a sinalização para o desenvolvimento de tolerância imune (Bagchi et al., 2002).

2.MODULAÇÃO DAS RESPOSTAS IMUNES CELULAR E HUMORAL

– O colágeno tipo II não desnaturado estimula a resposta de linfócitos T específicos presentes no sangue periférico de pacientes com AR, incluindo o aumento da expressão de antígenos de superfície CD69 e CD25 e a síntese de DNA.

– De acordo com Zhu et al. (2007), ratos tratados com colágeno no tipo II não desnaturado apresentam supressão da proliferação e da atividade de células T específicas, da secreção de INF-gamma por células esplênicas , além da redução sérica de anticorpos anti-colágeno tipo II e de sua atividade, e redução da frequência de formação de anticorpos por células do baço.

UC-II Apresenta Eficácia Superior à Glucosamina + Condroitina na Redução da Dor e na Melhora Funcional em Pacientes com Osteoartrite de Joelho

O objetivo de um estudo conduzido por Crowley et al. (2009) foi comparar a eficácia de UC-II à da associação entre glucosamina e condroitina no tratamento da osteoartrite de joelho.

grupos

Resultados e Conclusão – UC-II é Significativamente Superior ao Tratamento com Glucosamina e Condroitina

– UC-II apresentou eficácia superior à associação glucosamina + condroitina, promovendo melhoras significativas em todos os parâmetros avaliados após 90 dias;

– UC-II promoveu redução de 33% no escore WOMAC (Western Ontario McMaster Osteoarthritis Index) vs. 14% no grupo glucosamina + condroitina;

– UC-II reduziu o escore VAS (Visual Analogue Scale) em 40% após 90 dias em comparação com 15,4% no grupo glucosamina + condroitina;

– UC-II reduziu a dor (mensurada através do Lequesne’s functional index) em 20% vs. 6% no grupo glucosamina + condroitina;

– Além disso, os indivíduos do grupo UC-II apresentaram melhora significativa na performance de atividades diárias, sugerindo melhora em sua qualidade de vida.